domingo, 10 de maio de 2015

Afinal Lopetegui não é diferente

No início da época pensei que, pela atitude, pela leveza, pela estratégia de comunicação, Lopetegui poderia ser diferente. Poderia inclusive trazer algo de novo ao futebol português.

Frases como "Não falo de arbitragem" ; "Todos somos beneficiados, no final da época se formos ver quantas vezes somos prejudicados e beneficiados vai ser muito próximo"; fizeram-me acreditar que este não era um treinador na linha de outros que o Porto vinha tendo, com uma estratégia de conflito, como Vilas Boas, ou Vítor Pereira.

Mas rapidamente o discurso mudou. Quando começaram a suceder-se os desaires, onde a culpa foi apenas de Lopetegui, o espanhol começou a disparar em todas as direcções. Arbitragem, jornalistas, qualidade do futebol português, Benfica, Sporting, Braga, Jorge Jesus, para todo o lado.

Uma fuga para a frente que já nem engana os próprio adeptos portistas que pedem a sua cabeça.

Ao ver a conferência de imprensa no rescaldo do jogo com o Gil Vicente, o que vi foi um homem desesperado que percebe que facilitou onde não devia e quando quis emendar a mão, já era tarde... Vi um homem que pediu poder total para mandar nos destinos do clube e corre o risco de não ganhar nada.

A ostensiva agressão verbal a Jorge Jesus é a prova de alguém que se sentiu superior ao português e que acaba vergado.

Hugo Barreiros

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